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Na publicação de hoje vamos falar sobre o Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica. Esse núcleo foi criado pelo Ministério da Saúde em 2008, de forma que apoiasse a consolidação da Atenção Básica no Brasil, é uma forma de preparar as equipes multiprofissionais de saúde com os problemas presentes na sociedade.

O NASF atua com profissionais de diferentes áreas de forma conjunta, não é uma serviço de especialidades na Atenção básica, trabalha de forma integrada com a equipe de saúde da família. Existe três modalidades NASF:

· NASF 1: Realiza atividades vinculada com 5 a 9 equipes de saúde da família ou atenção básica para populações específicas;

· NASF 2: Realiza atividades vinculada com 3 ou 4 esquipes de saúde da família ou atenção básica para populações específicas;

· NASF 3: Realiza atividades vinculadas com 1 ou 2 equipes de saúde da família ou atenção básica para populações específicas, sendo uma equipe ampliada.

A equipe do NASF deve ser definida pelos gestores municipais conforme a necessidade encontrada com base em dados epidemiológicos e sociodemográficos. Pode conter Médico acupunturista, assistente social, profissional de educação física, farmacêutico, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, médico ginecologista/obstetra, médico homeopata, nutricionista, médico pediatra, psicólogo, médico psiquiatra, terapeuta ocupacional, médico geriatra, médico internista, médico do trabalho, médico veterinários, profissional de saúde sanitarista, enfermeiro, ou seja, profissionais graduados em saúde com especialização em saúde pública ou coletiva.

A equipe deve ter um espaço para discussões, focando na gestão do cuidado, podendo ser reuniões e atendimentos conjuntos para um aprendizado coletivo, sendo uma forma de apoio para as equipes de saúde da família.

De forma simples, podemos perceber que o NASF serve para fortalecer o serviço nas unidades de saúde, auxiliando nas problemáticas da unidade e acrescentando a toda equipe já existente, procurando formas de melhorar o atendimento e atenção a comunidade.

Deixo abaixo um vídeo explicando de forma clara e simples sobre as diretrizes do NASF.





 
 
 
  • Foto do escritor: Ana Gonçalves
    Ana Gonçalves
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O planejamento consiste em compreender a situação local para conseguir a melhor estratégia. É necessário compreender o local em que está inserido, questões sociais e demográficas e problemáticas atuais para encontrar meios de alcançar a situação objetivo.

Seguimos um ciclo de quatro etapas: Diagnósticos, escolha das prioridades, reavaliação e planejamento das ações.

O Diagnóstico Deve iniciar com levantamento de informações sobre o local, levantamento de dados sobre a comunidade, doenças mais comuns e causas, definindo os problemas do momento. Identifique também os recursos existentes.

A Escolha das prioridades deve ser realizada com um levantamento sobre os problemas, tais como, hipertensão e diabetes, mortalidade materna e infantil, gravidez na adolescência, acidentes e violências, HIV, dengue, câncer por colo de útero, câncer de pulmão no sexo masculinos, fratura de fêmur em idosos, caries e câncer bucal, alcoolismo e drogadição. Esses problemas são levantados pois a OMS identificou sendo os mais comuns na população. A reavaliação é feita após o levantamento, devemos selecionar os problemas, visto sua gravidade, seu custo e gorvernabilidade. O Planejamento das ações é realizado após selecionar a problemática, deve ser feito um planejamento para prevenção, formas de evitar e tratar os doentes. No planejamento estratégico devemos sempre considerar os recursos financeiros disponíveis, o planejamento permite distribuir os recursos e analisar as medidas já existentes na unidade.

Vemos que o planejamento é extremamente necessário para o andamento da unidade, visando evolução para toda a comunidade, os objetivos devem ser traçados e todos da equipe devem saber de forma clara qual sua função. Uma boa relação da equipe, conhecimento sobre as necessidade da unidade e da comunidade influencia para realizar as intervenções.

 
 
 
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    Ana Gonçalves
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Mas consulta não é atividade do médico?


Não, consulta de enfermagem não é a mesma que consulta médica, são atividades diferentes com profissionais diferentes. Estamos acostumados com o fato de que médicos realizam consultas, mas saiba que a consulta de ENFERMAGEM é algo privativo do enfermeiro.

As consultas de enfermagem são realizadas tanto em instituições públicas quanto privadas, mas sendo mais comum em atendimentos na UBS, visitas domiciliares, centros de atenção psicossocial e centro de referência de infecções sexualmente transmissíveis.

Para realizar a consulta de enfermagem, nós utilizamos a Sistematização da assistência de enfermagem – SAE. A SAE consiste em uma metodologia para a gestão do cuidado no processo de enfermagem, ela é dividida em 5 etapas:

1. Coleta de Dados de Enfermagem ou Histórico de Enfermagem: O processo inicia buscando informações sobre o passado do paciente, podendo ser através de uma entrevista com o próprio paciente ou familiares, assim como através de leitura do prontuário do paciente, caso seja possível. Nessa etapa buscamos informações como histórico de doenças, cirurgias, alergias, utilização de medicações, questões psicossociais, informações sociais e demográficas e até mesmo religião, pois isso pode influenciar nas condutas realizadas em seu tratamento.

2. Diagnóstico de Enfermagem: O diagnóstico de Enfermagem não é o mesmo do diagnóstico médico. Nessa etapa nós agrupamos as informações encontradas na primeira etapa e levantamos os problemas encontrados. O diagnóstico de enfermagem é “Um julgamento Clínico sobre uma resposta humana a condições de saúde/processos da vida, ou uma vulnerabilidade a tal resposta, de um indivíduo, uma família, um grupo ou comunidade” (NANDA – I, 2013).

3. Planejamento de Enfermagem: Após levantas os problemas do paciente, devemos definir quais são as metas e resultados esperados, para isso, definimos o que deverá ser feito, quais ações serão necessárias para esse paciente.

4. Implementação: A equipe realizará as intervenções definidas na etapa 3, podendo ser cuidados específicos e também medicações com prescrições médicas ou de enfermagem, das quais o enfermeiro pode prescrever se estiver previamente estabelecido nos programas de saúde publica e em rotina aprovada pela instituição de saúde.

5. Avaliação de Enfermagem: Consiste em registras os dados no prontuário do paciente, analisando sua evolução, como o paciente se encontra após os cuidados prestados, verificando a necessidade de permanecer ou alterar os cuidados e iniciando novamente a etapa 1.

Para a realização de uma consulta de enfermagem, o profissional deve possuir base científica e técnica sobre a demanda do usuário, saber escutar e compreender as necessidades de saúde e social, aceitar valores e crenças, conhecer as normais e regimentos existentes da instituição em que está atuando.

Devemos destacar sempre que a consulta de enfermagem existe e que não estão tentando substituir o médico. São consultas diferentes, cada profissional possui a sua função dentro da unidade de saúde e todos devem respeitar o trabalho do outro. A enfermagem possui formação e é capacitada para isso. Devemos valorizar nossos profissionais e toda sua experiência, nada é feito sem conhecimento, estudos e preparação, o enfermeiro está habilitado e preparado para a consulta de enfermagem.


 
 
 

© 2021 por Ana Paula Gonçalves. Orgulhosamente criado com Wix.com

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