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Segundo a Organização Mundial da Saúde, pelo menos 30% das mulheres já sofreram violência física ou sexual por um parceiro. Segundo a Lei Maria da Penha, existe 5 tipos de violência, a física, psicológica, moral, sexual e patrimonial. A violência ocorre pelo fato da vítima ser mulher, vemos que vivemos em um país historicamente machista, onde a sociedade se silencia em casos de violência contra a mulher, muitas vezes procurando motivos para dizer que a culpa é toda da vítima.

O artigo estudado na aula mostra que a rede primária de mulheres que realizam a denúncia possui um suporte limitado, identificou também que os serviços disponíveis para atendimento as mulheres em situação de violência não são efetivas para a demanda social e de saúde. Existe a necessidade de que os profissionais de saúde reforcem o acolhimento e a escuta. O acolhimento deve ocorrer desde o momento em que a mulher acessa o serviço de saúde, até que suas necessidades sejam atendidas de forma integral ou que seja encaminhada para outra rede de atenção. Foi possível perceber que os profissionais se sentem inseguros para abordar o tema, sem o preparo adequado, isso mostra que o suporte para essas mulheres não está adequado, faltando preparo e capacitação para os profissionais.

Um fator importante identificado por uma enfermeira é o fato de que a enfermagem já vai criando um vínculo com a paciente quando ela procura a unidade, dessa forma, existe uma confiança e um conforto para que a mulher vítima de violência de sinta acolhida e consiga realizar a denúncia, assim como o acolhimento, que deve passar confiança. O fato de ser enfermeira mulher também facilita, mulheres se sentem mais confortáveis para conversar com mulheres, e por serem vítimas de um agressor homem, o enfermeiro do sexo masculino pode ser uma figura que amedronta a mulher vítima de violência.

A unidade de atenção básica é a porta de entrada para as mulheres, normalmente buscam por questões de saúde sua e de sua família, é importante que sempre exista o acolhimento de todos que frequentam a unidade, pois muitas vezes essas mulheres não revelam tudo que está acontecendo e escondem ao máximo a violência sofrida. A enfermeira deve sempre demonstrar acolhedora e disposta a ajudar no que for preciso.

Agosto é conhecido por agosto lilás, é o mês de conscientização em combate à violência contra a mulher. Na matéria Práticas de Ensino I, meu grupo está trabalhando mensalmente com campanhas de conscientização com colaboradores do PTI e alunos do colégio SESI existente dentro do PTI. Nesse mês, realizamos uma aula para esses alunos do ensino médio sobre a violência contra a mulher, vimos a necessidade de conscientizar e realizar a educação para prevenção, onde muitas vezes os jovens vivenciam dentro de casa e não sabem identificar que é uma violência ou não sabem para quem pedir ajudar, vale ressaltar que são adolescentes e estão iniciando a relacionamentos amorosos, então a aula ajudou bastantes para que consigam identificar qualquer possível relacionamento abusivo. As aulas estão sendo de modo hibrido, uma parte da turma fica no presencial e outra online, por isso a foto parece com que a sala está com a sala vazia, pois a outra parte estava assistindo de modo remoto. Na foto abaixo estamos no meio da aula no SESI.






 
 
 
  • Foto do escritor: Ana Gonçalves
    Ana Gonçalves
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As redes de atenção à saúde são definidas como serviços e ações no processo de saúde-doença, com diferentes densidades tecnológicas, logísticas e de gestão para assegurar a integralidade do cuidado, melhoras o acesso, a equidade e a eficácia do sistema único de saúde - SUS. É uma forma de fragmentação da atenção dos problemas públicos de saúde, viste que os modelos são diferentes.

Ele atua com a prevenção de doenças, diagnóstico, tratamento, gerenciamento de doenças, reabilitação e cuidados paliativos, conforme a necessidade de seus usuários no decorrer da vida. A organização dos serviços deve ofertar atenção integral para a população, considerando toda a sua vida, desde detalhes em sua moradia, meio de transporte, trabalho e necessidades, buscando sempre visualizar a necessidade do usuário.

As RAS é uma organização de ações e serviços de promoção, prevenção e recuperação da saúde. Para conseguir definir os serviços, precisamos antes reconhecer as necessidades do usuário. Deve ser considerado a população, a estrutura operacional e o modelo de atenção à saúde.

As redes são definidas em cinco:

1. Rede Cegonha: É uma estratégia que visa cuidados às mulheres, garantindo seus direitos ao planejamento produtivo e atenção humanizada durante a gravidez, ao parto, puerpério e garantindo às crianças o nascimento seguro e o crescimento e desenvolvimento saudável.

2. Rede de cuidados à pessoa com Deficiência: É uma estratégia para proteger a saúde da pessoa com deficiência, reabilitar, incluir em todas as esferas da vida social e prevenir agravos que determinem o aparecimento de deficiências.

3. Rede de Atenção psicossocial: Garante o atendimento de pessoas com transtornos mentais e com problemas decorrentes do uso/abuso e dependência de álcool e outras drogas, em serviços especializada, garantindo livre circulação dessas pessoas pelos serviços e comunidade, podemos citar aqui o CAPS, centros de atenção psicossociais.

4. Rede de urgência e Emergência: Garante ao usuário atendimento em casos de urgência e emergência, garantindo acolhimento, classificação de risco e cuidados. Está incluso a Unidade de Pronto Atendimento 24h (UPA), resolvendo boa parte dos problemas, sem necessidade de atendimento em pronto socorro. Está incluso também o serviço de atendimento móvel às urgências – SAMU, onde o cidadão consegue atendimento ao ligar para o 192 e a unidade se desloca até o cidadão ou realizar as orientações necessária.

5. Rede de Atenção a pessoas com doenças crônicas: Garante a prevenção e cuidados em doenças crônicas. O plano visa promover o desenvolvimento e a implementação de políticas públicas de qualidade para a prevenção e o cuidado dessas doenças. Está incluso especialidades para hipertensão arterial, hepatites, diabetes, meningites, AIDS, câncer de mama, câncer de pênis, alcoolismo, tabagismo, hanseníase e leishmaniose.

Com as Redes de Apoio conseguimos perceber a necessidade de serviços especializados para garantir o atendimento adequado para o cidadão, com profissionais e estruturas qualificadas, tentando não deixar sobrecarregar o sistema único de saúde, com alguns espaços específicos para algum tratamento, assim como, assegurando o usuário de seus direitos.

 
 
 
  • Foto do escritor: Ana Gonçalves
    Ana Gonçalves
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A Política Nacional de Atenção Básica – PANAB é responsável por garantir as ações de saúde, no âmbito individual e coletivo na atenção básica. Ela atua com formas de prevenção, diagnóstico, tratamento, reabilitação, redução de danos e manutenção da saúde, deve ser a porta de entrada do indivíduo, de forma fácil e acessível.

Suas diretrizes garantem que cada local tenha condição de atuar da forma necessária, conforme a necessidade de sua população, atuando com planejamento e programação. Seu acesso deve ser universal, contínuo e de qualidade, criando vínculo e sendo responsável pela continuidade das ações de saúde e deve estimular a participação dos usuários, a fim de criar uma autonomia para cuidados a saúde.

Na PNAB também temos as responsabilidades de cada profissional, de forma que garanta a funcionalidade do serviço. Deve ser resolutiva, identificar e resolver problemas, encontrar formas de prevenir, deve coordenar o cuidado, reconhecer as necessidades de saúde da sua região. Trabalha de forma conjunta com as secretarias estaduais de saúde e ministério da saúde, onde cada um possui funções específicas.

A PNAB também garante a realização das ações de atenção básica nos munícipios, garantindo que as unidades básicas de saúde sigam as normas sanitárias, tenham a estrutura adequada, tanto física quanto a equipe multiprofissional, manutenção regular da infraestrutura, equipamentos e estoque de insumos.

Para um trabalho adequado, também é assegurado capacitação para os profissionais, com educação permanente para as equipes, sendo considerada uma estratégia de gestão para garantir mudanças nos serviços conforme necessidade.

Podemos concluir que a PNAB é necessária para garantir um atendimento de qualidade para os usuários, garantido todo o atendimento e estrutura necessário do indivíduo, buscando formas para garantir qualidade de vida e saúde para a sociedade.

Deixo em anexo o link para aprofundamento sobre a Política Nacional da Atenção básica, criado em 2012 pelo Ministério da saúde, onde encontramos explicações aprofundadas sobre cada função e objetivo dentro da Atenção Básica.


Previne Brasil

O Programa Previne Brasil é um novo modelo de financiamento para a Atenção Básica, instituído em 2019, começou a ser implantado em 2020. Ele garante um repasse mensal de dinheiro do Fundo Nacional de Saúde aos Fundos Municipais e Distrital de Saúde.

O governo buscou estratégias para garantir o financiamento adequado aos municípios, principalmente com a COVID-19, onde todas as instituições de saúde precisaram se adequar a novas problemáticas. Foi uma forma de reestruturar os recursos aos municípios, investindo em cuidados básicos de saúde, incentivando o vínculo entre os usuários e a equipe de saúde. Para obter o repasse o município deve declarar o número de pessoas acompanhadas nos serviços, quem recebe benefícios sociais, crianças, idosos, melhoria das condições de saúde da população e adesão a programas estratégicos.

Percebemos que esse novo programa está presente para melhorar a qualidade dos serviços, estimulando também os profissionais e equipes que atuam na área, garantindo estrutura para a qualidade do serviço.


 
 
 

© 2021 por Ana Paula Gonçalves. Orgulhosamente criado com Wix.com

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