- Ana Gonçalves
- 2 min de leitura

Segundo a Organização Mundial da Saúde, pelo menos 30% das mulheres já sofreram violência física ou sexual por um parceiro. Segundo a Lei Maria da Penha, existe 5 tipos de violência, a física, psicológica, moral, sexual e patrimonial. A violência ocorre pelo fato da vítima ser mulher, vemos que vivemos em um país historicamente machista, onde a sociedade se silencia em casos de violência contra a mulher, muitas vezes procurando motivos para dizer que a culpa é toda da vítima.
O artigo estudado na aula mostra que a rede primária de mulheres que realizam a denúncia possui um suporte limitado, identificou também que os serviços disponíveis para atendimento as mulheres em situação de violência não são efetivas para a demanda social e de saúde. Existe a necessidade de que os profissionais de saúde reforcem o acolhimento e a escuta. O acolhimento deve ocorrer desde o momento em que a mulher acessa o serviço de saúde, até que suas necessidades sejam atendidas de forma integral ou que seja encaminhada para outra rede de atenção. Foi possível perceber que os profissionais se sentem inseguros para abordar o tema, sem o preparo adequado, isso mostra que o suporte para essas mulheres não está adequado, faltando preparo e capacitação para os profissionais.
Um fator importante identificado por uma enfermeira é o fato de que a enfermagem já vai criando um vínculo com a paciente quando ela procura a unidade, dessa forma, existe uma confiança e um conforto para que a mulher vítima de violência de sinta acolhida e consiga realizar a denúncia, assim como o acolhimento, que deve passar confiança. O fato de ser enfermeira mulher também facilita, mulheres se sentem mais confortáveis para conversar com mulheres, e por serem vítimas de um agressor homem, o enfermeiro do sexo masculino pode ser uma figura que amedronta a mulher vítima de violência.
A unidade de atenção básica é a porta de entrada para as mulheres, normalmente buscam por questões de saúde sua e de sua família, é importante que sempre exista o acolhimento de todos que frequentam a unidade, pois muitas vezes essas mulheres não revelam tudo que está acontecendo e escondem ao máximo a violência sofrida. A enfermeira deve sempre demonstrar acolhedora e disposta a ajudar no que for preciso.
Agosto é conhecido por agosto lilás, é o mês de conscientização em combate à violência contra a mulher. Na matéria Práticas de Ensino I, meu grupo está trabalhando mensalmente com campanhas de conscientização com colaboradores do PTI e alunos do colégio SESI existente dentro do PTI. Nesse mês, realizamos uma aula para esses alunos do ensino médio sobre a violência contra a mulher, vimos a necessidade de conscientizar e realizar a educação para prevenção, onde muitas vezes os jovens vivenciam dentro de casa e não sabem identificar que é uma violência ou não sabem para quem pedir ajudar, vale ressaltar que são adolescentes e estão iniciando a relacionamentos amorosos, então a aula ajudou bastantes para que consigam identificar qualquer possível relacionamento abusivo. As aulas estão sendo de modo hibrido, uma parte da turma fica no presencial e outra online, por isso a foto parece com que a sala está com a sala vazia, pois a outra parte estava assistindo de modo remoto. Na foto abaixo estamos no meio da aula no SESI.
