Principais Vacinas contra a COVID-19
- Ana Gonçalves
- 11 de abr. de 2021
- 3 min de leitura
A vacinação contra a COVID-19 iniciou em janeiro no Brasil, dessa forma, inúmeras dúvidas surgiram na população, uma vez que a doença ainda é nova e sua vacina é de caráter urgente.
CORONAVAC: A vacina foi feita na China pela SINOVAC com o vírus inativado, o vírus é cultivado e multiplicado numa cultura de células e posteriormente é inativado por meio de calor ou produto químico. Após a aplicação da vacina, o corpo começa a criar os anticorpos para a doença.
Os vírus inativados são capturados pelas células da resposta imune, ativam os linfócitos, os linfócitos produzem anticorpos que se ligam aos vírus para impedir que eles infectem nossas células, o que causaria a doença. A pessoa vacinada possui 50,38% menos risco de adoecer, se for contaminada, possui 100% de eficácia para não ser grave e 78% para prevenir casos leves.
No Brasil, foi feita a parceria com o Instituto Butantan, aprovada da forma emergencial pela Anvisa, iniciando a vacinação em janeiro de 2021.

ASTRAZENECA: A vacina foi feita no Reino Unido pela Universidade de Oxford com vetor viral não replicante, é uma versão mais fraca do vírus da gripe comum contendo proteínas do material genético do Sars-Cov-2. Após a aplicação da vacina o adenovírus invade algumas células do corpo, essas células produzem a o proteína Spike, consequentemente o sistema imune o reconhece como corpo estranho e produz anticorpos e células T, protegendo contra a COVID-19. Sua eficácia é de 76% contra infecções sintomáticas por coronavírus, sendo de 100% contra casos graves. No Brasil a Fiocruz ficou responsável pela produção da vacina, recebendo o material no início de fevereiro de 2021.

PFIZER: A vacina é baseada em mRNA, onde é usado o RNA mensageiro sintético para auxiliar o organismo a desenvolver anticorpos após ser vacinado, o mRNA mimetiza a proteína spike auxiliando na invasão de células humanas, sendo uma cópia capaz de desencadear uma reação das células no sistema imune, deixando ao indivíduo imune. No Brasil, em março de 2021 a pfizer assinou com o governo federal um contrato para entrada de doses. Segundo a fabricante, após a terceira fase de teste chegou-se a conclusão de que a vacina possui 95% de eficácia contra o novo coronavírus.

MODERNA: A vacina moderna utiliza a mesma tecnologia da Pfizer, onde o mRNA mimetiza a proteína spike específica do Sars-Cov-2, desencadeando uma reação das células do sistema imunológica e deixando o indivíduo imune. Sua eficácia contra a doença é de 94,1%. Não foi feito teste no Brasil e não possui acordo farmacêutico no país, já sendo utilizada na União Europeia e no Estados Unidos.

SPUTNIK: A vacina usa a tecnologia de vetor viral, onde o adenovírus leva o RNA, material genético, para o nosso corpo, porém ele é modificado e não causa a doença no organismo. Após vacinado, o adenovírus entra nas células e estimula a produção dessa proteína, aciona o sistema imunológico, posteriormente aciona as células de defesa e combate o Sars-Cov-2. A vacina é feita em duas doses, cada dose é utilizada um adenovírus, o que serve para reforçar a resposta imunológica. Sua eficácia é de 91,6%, no Brasil ainda não foi testada ou utilizada até o momento, em março de 2021 foi solicitado o uso emergencial pela Anvisa.

JANSSEN: A vacina é baseada em vetores de adenovírus, utilizando o vírus modificado que causariam a gripo comum, mas que quando são modificados para a vacina não são capazes de se replicar ou causar a doença. Também é colocado no adenovírus um pedaço da proteína "S", presente nas espículas responsáveis pela ligação do vírus às células do corpo humano. Após a vacinação, o corpo inicia a produção de anticorpos para aquele invasor, criando defesa contra o novo coronavírus. Em março mostrou que a eficácia é de 87%. No Brasil foi realizado testes em voluntários na fase 3, em março o governo assinou o contrato de compra de doses, mas ainda sem resposta para a data de entrega.

Cada vacina atua de uma forma específica para combater o novo coronavírus, mas todas possuem o mesmo objetivo: Imunizar a população contra o Sars-Cov-2. O mundo todo está disposto a investir e imunizar sua população, sendo uma das únicas formas de parar a pandemia e evolução de casos. Vale lembrar que a imunidade não é criada imediatamente após a vacina, e que, mesmo após a criação dos anticorpos, os indivíduos devem permanecer evitando aglomerações, utilizar máscara, higienizar as mãos e todas a medidas preventivas cabíveis para não disseminar a doença.
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