- Ana Gonçalves
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A transição epidemiológica consiste em uma mudança na taxa de mortalidade, redução de doenças infecciosas e aumento na taxa de natalidade. Segundo o artigo Infecções Emergentes e Reemergentes de Enio Roberto, a transição de baseia em três fases:
idade das pestilências e da fome: caracterizada por vastas epidemias, altas taxas de mortalidade e baixa expectativa de vida;
idade do declínio das pandemias: redução das grandes epidemias, diminuição das taxas de mortalidade e ganhos na expectativa de vida;
idade das doenças degenerativas e criadas pelo homem: as infecções deixam de ter importância; predominam as doenças degenerativas e outras, resultantes das atitudes humanas, com taxas de mortalidade baixas e expectativa de vida elevada;
idade do declínio das doenças degenerativas.
Até o séc. XX, as doenças epidêmicas eram espalhadas pela Europa através de viagens transoceanicas e das trocas comerciais. As doenças infecciosas da época impactaram nos indicadores demográficos, sociais, econômicos e de saúde.
As doenças emergentes são doenças que se espalharam recentemente ou apareceram em uma determinada região, sendo um problema de saúde pública. O melhor exemplo para o momento é a pandemia do COVID 19, o coronavírus já existia, era formado por uma família de vírus que causam infeções respiratórias nos seres humanos, o surto foi com a nova espécie do vírus que apareceu em 2019.
As doenças reemergentes são doenças que eram conhecidas há algum tempo, conseguiram controlar, mas acabaram reaparecendo, causando um grande problema na saúde pública. A dengue é um exemplo de doença reemergente, surgiu a primeira vez no Brasil em 1982 com uma epidemia em Roraima, conseguiu ser erradicada e retornou até os dias atuais.
Deixo como sugestão de leitura o artigo “Diagnóstico Diferencial entre Dengue e Covid-19: Relato de Caso”, de Camila Mesquita Sampaio Giovanni, onde discute sobre a dificuldade de diagnóstico da COVID-19, considerando outras epidemias, como a reemergente Dengue. Disponível em: https://www.brazilianjournals.com/index.php/BRJD/article/view/19597/15700
Referência: PEDROSO, Enio R.P.; ROCHA, Manoel O. Infecções Emergentes e Reemergentes. Revista Médica de Minas Gerais. VOL 19.2, 2009. Disponível em: http://rmmg.org/artigo/detalhes/468
